quinta-feira, 19 de setembro de 2013

"Grandes orquestras são grandes florestas. Orquestras e florestas têm que ser preservadas", diz Ivan Lins


Assim como um dia de rotina do Ciranda, músicos estavam à sombra da mangueira exercitando seus instrumentos, o coral ensaiava, os pássaros cantavam e claro, o calor esquentava os ânimos.

Porém, desta vez, todas essas movimentações e movimentos musicais tinham um só sentido: a espera por um dos maiores expoentes da música popular brasileira.

Ele, que fatalmente iria emocionar, foi tocado pela música das crianças e jovens atendidos pela tecnologia de ensino do Instituto Ciranda – Música e Cidadania. “Estou emocionado, já sabia disso, por isso, vim de óculos”, se divertiu.

Os alunos do Ciranda, em mais uma tarde escaldante na capital de Mato Grosso, apresentaram ao compositor - que possui uma obra repleta de sucessos marcada por uma música atemporal, uma canção especial de Ivan Lins, Atrás Poeira.

De acordo com o presidente do Instituto Ciranda, o maestro Murilo Alves, a música é um desafio para o coral infantil, pois exige grande extensão vocal. Além disso, a letra conta uma história e não há repetições. “Atrás Poeira” tem a essência da música brasileira de raiz e realça a versatilidade do compositor”.

Se antes havia apenas uma intenção a Orquestra Jovem e o coral infantil gravar a canção. Agora está sacramentado: “Vocês podem gravar o que quiser”, sorriu emocionado.
“Estou muito honrado. É maravilhoso o trabalho que estão fazendo. O Brasil é o país da música e só vocês podem fazer esse país mais bacana. E o que eu sempre digo: ‘grandes orquestras são grandes florestas. Orquestras e florestas têm que ser preservadas. Vocês são a ecologia musical e a sustentabilidade do espírito”, disse.

O maestro Murilo Alves, deu um testemunho não menos emocionado. “Particularmente, foi um encontro emocionante. Escuto Ivan Lins desde pequeno, sempre gostei da sua voz e uma vez estudando música fiquei encantado com toda sua obra musical. Foi muito especial recebê-lo não só como fã, mas pessoa que compartilha ideias similares, afinal, ele é um dos diretores do Instituto Novo Tempo (que tem ação similar à nossa) e foi maravilhoso dialogarmos sobre causa tão importante.

Antes da apresentação, a equipe Ciranda, representada por Elisângela Passos, Jorge Moura e Fernando Pereira, relataram as ações do Instituto Ciranda. “Sobre o que você falou, já aprendi um bocado”, disse Ivan Lins que deve buscar inspiração também no modelo implantado pelo Instituto Ciranda. 


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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Jovem violoncelista que é aprendiz do 'mestre' Del Claro, ministra oficina no Ciranda

As oficinas com instrumentistas de atuação reconhecida na música de concerto brasileira seguem por esta semana no Instituto Ciranda. Os alunos atendidos pelo projeto que busca inclusão musical por meio da música tem tido aulas com o jovem violoncelista Richard Gonçalves.


Com apenas 24 anos, é uma das revelações do cenário nacional e aprendiz, do grande Antônio Del Claro. O convite para as oficinas em Cuiabá veio do colega Jorge Moura, que também é coordenador pedagógico do Instituto Ciranda. “Jorge trabalha comigo na Orquestra do Estado de Mato Grosso e foi então, que ele fez o convite. Como já sou professor, aceitei de pronto. O projeto é muito interessante, pois dá uma oportunidade única de as crianças terem contato com o mundo mágico da música. Ainda que não se tornem profissionais, com certeza vão ser pessoas diferentes, com sensibilidade aguçada”, destaca o violoncelista.

Ele avalia que as oficinas configuram-se como um grande momento no aprendizado da música. “São extremamente importantes para um melhor desenvolvimento, uma força a mais, um estimulo novo e que com certeza dá resultados super favoráveis”.

Para estas aulas, ele se empenhou em repassar conteúdo ligado à performance musical. “Todos procuram se esforçar pra cumprir as metas de estudos que foram passadas e isso é muito prazeroso. Para estas aulas, preparei exercícios técnicos para um desenvolvimento correto para os alunos”.

Convidado a deixar um recado aos alunos, Richard os aconselha a valorizar esta oportunidade: “Que todos possam aproveitar esta oportunidade ímpar que é dada pelo projeto, pois com isso, além de se tornarem músicos especiais, vão tornar-se pessoas melhores no futuro, além de viver a música como uma magia, como eu a vejo todos os dias”.

No próximo mês, mais instrumentistas aterrissam em Cuiabá. Em um mês dedicado à classe dos sopros, ministram oficinas no Instituto Ciranda, o clarinetista Félix Alonso; Anderson Sabino (trompa), José Evangelista (flauta transversal) e Ana Clara de Andrade Melo (oboé). 

domingo, 8 de setembro de 2013

Ciranda traz a Cuiabá grandes nomes da música de concerto brasileira

Cuiabá vem se firmando como palco de expressões da música brasileira, especialmente, de grandes instrumentistas voltados à prática de música de concerto. Três presenças marcaram recentemente a vida de estudantes de música e da plateia cuiabana.

Cláudio Torezan alinhou a agenda e deu oficina de contrabaixo aos alunos do Instituto Ciranda na semana passada e atuou junto à Orquestra do Estado de Mato Grosso em concerto no final de semana que tinha como solista, o acordeonista, Toninho Ferragutti. Na plateia, outro grande nome da música erudita no Brasil, o clarinetista Luiz Montanha acompanhava tudo de perto, junto ao presidente do Instituto Ciranda, o maestro Murilo Alves. Montanha, também ministrou oficina aos alunos da instituição.

Luiz Montanha em ação!

A demanda por profissionais deste timbre, cresce em Cuiabá, especialmente por conta da atuação do Ciranda, que vem formando cada vez mais alunos e dando origem a vários outros organismos musicais, como big bands, cameratas e orquestras. Sem contar que várias outras organizações têm se dedicada à ampliação de plateia.

Cláudio Torezan ministrando oficina neste domingo (8)

Pela primeira vez em Cuiabá, o clarinetista Luiz Montanha, comemorou a interação com os estudantes do Ciranda. “Comecei a tocar aos 12 anos e agora estou aqui, de frente a eles ministrando uma oficina. É importante que eles tenham esse parâmetro, para ver que o que parece ser longínquo está mais próximo deles do que imaginam. Comecei igual a eles”.

Montanha ressalta que é importante agarrar-se à oportunidade que eles têm agora. “Eles têm que agarrar essa chance e buscar cada vez mais conhecimento”. Atitude que o clarinetista do Teatro Municipal de São Paulo persiste até hoje. Ele é também professor de música na Universidade de São Paulo (USP), fez mestrado, doutorado em “Práticas Interpretativas” e busca sempre ampliar seu horizonte. “Cada vez mais se abrem leques para a performance, dentro da academia”, destaca.

Montanha aconselha os estudantes e profissionais da música a buscar sempre a ampliação do conhecimento. “É preciso se inteirar da cultura, ouvir de tudo, ler, assistir. É preciso ter consistência cultural para se expressar. Tocar todo mundo pode, mas só o artista tem a capacidade de se expressar e para ser artista é preciso se inteirar de tudo o que está acontecendo social e politicamente para entender a situação e ver qual o papel dele. Não adianta só estudar música tem que ter uma visão ampla”, ressalta.

E é por isso que Montanha possui uma carreira intensa e plural. “Gosto de orquestra, mas por vezes o músico acaba se perdendo naquele universo todo, por isso, aprecio muito tocar em cameratas, com número de músicos reduzidos, em quartetos ou quintetos”. E neste segmento, ele dedica-se a produzir música contemporânea com novas linguagens e técnicas. Dentre estes, pontua-se o trabalho que desenvolve junto ao grupo Sujeito a Guincho.


“Agradeço a essa nova oportunidade que o Ciranda me deu, de dividir com os alunos minhas ideias, minha música e agradeço ao convite da musicista Jéssica Gubert que foi minha aluna em um festival de férias em Poços de Caldas, onde surgiu o convite para vir para cá”, diz Montanha, respirando novos ares e estimulando músicos cuiabanos em formação. 

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Orquestra Jovem do Estado de Mato Grosso é atração de congresso em Brasília

A convite da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), alunos e professores do Instituto Ciranda abrilhantam evento na capital dos negócios

Mato Grosso é hoje um dos gigantes da produção de algodão no Brasil, um país que vê ampliada a sua importância como player na cadeia de valor da cotonicultura mundial. Com uma produção e investimentos em pesquisas igualmente expressivas, seu know-how lhe permite também, encabeçar o a 9ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão, que ocorre no dia 3 de setembro, em Brasília.

A realização do CBA em 2013 fica sob a batuta da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), com apoio científico do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

Seguindo o trocadilho, ainda que o evento seja permeado por discussões acerca do agronegócio, haverá espaço também para outra batuta. Neste caso, a do maestro Murilo Alves, que estará à frente da Orquestra Jovem do Estado de Mato Grosso, escolhida para referendar a cultura regional. 

Em vistas do fortalecimento crescente da cadeia produtiva do algodão, os músicos s- crianças e jovens atendidos pelo Instituto Ciranda Música e Cidadania - garantem o caráter promissor tão explorado nas discussões de foco econômico e científico do segmento.  

Durante o evento, a força brasileira vai ser realçada pelo repertório clássico-popular marcado por uma sonoridade que denota progresso. Entre as peças, figura o Hino Nacional Brasileiro e o pout-pourri que já virou marca da orquestra, que traz recortes de conhecidas músicas do repertório da música popular brasileira, e que recebeu arranjos do compositor Kleberson Calanca. Figuram entre elas, "Garota de Ipanema", "Tico-tico no fubá" e "Aquarela do Brasil" Há espaço também para a sofisticação de Astor Piazzola e Ramon Sixto Rios, com Milonga Del Angel e Merceditas, respectivamente.


“É muito importante para a Orquestra Jovem de Mato Grosso participar de um evento desta grandeza, levando cultura em um momento importante para nosso Estado e também a história das organizações aqui presentes, sejam elas públicas ou privadas. Convites como este são recebidos com muito entusiasmo porque refletem o reconhecimento do trabalho desenvolvido no Instituto Ciranda, do ponto de vista social, cultural e artístico”, destaca o maestro. 

Se não bastasse o reconhecimento e a sensibilidade de instituições tão importantes para a consolidação da economia de Mato Grosso, como é o caso da AMPA, o Instituto Ciranda recebe outra boa nova. “Além da oportunidade de apresentarmos nosso trabalho a importantes lideranças do agronegócio mundial, também recebemos a notícia da doação de vários instrumentos musicais que vão contribuir para que o projeto amplie seu alcance”, ressalta.

O evento terá o tema “Algodão: Gestão e Otimização de Resultados” e a expectativa dos organizadores é a de receber cerca de 2.500 visitantes, inclusive de outros países, para acompanhar as tendências do setor e a crescente importância da cotonicultura brasileira no cenário nacional e internacional.

A ocasião é ímpar para o Instituto, que busca novas parcerias para dar continuidade à sua missão de formar instrumentistas dando-lhes capacitação para seguir a vida acadêmica em qualquer faculdade de música do Brasil, além de criar oportunidade de trabalho  para esses jovens músicos ao desbravar os municípios do interior de Mato Grosso, criando novos polos da instituição e gerando emprego, renda e consequentemente, inclusão social por meio da arte.

Serviço:
9º Congresso Brasileiro do Algodão
Data: 3 a 6 de setembro de 2013
Local: Hotel Royal Tulip Brasília
Brasília (DF)